Nossa história de amor

Nossa história de amor começou com muita roupa suja (risos). Na verdade não foi roupa, foi um par de tênis que estava acabando de desembarcar de uma aventura pelos sete mares.
Como não era possível retirar toda aquela lama enraizada no tênis branco, resolvi levá-lo até a lavanderia para não precisar me preocupar com isso. Para minha surpresa arrumei outra preocupação: O Moço da lavanderia.
Fiquei encantada com o Moço que estava atrás do balcão. Infelizmente, não foi ele quem me atendeu, porém seu rosto ficou marcado e cheguei na casa de meu irmão com um sorriso besta estampado na cara.
Minha mãe perguntou: “Que cara é essa, Lili?”
- Ai mãe, é o Moço da lavanderia.
- Que Moço da lavanderia o que! Come logo que a gente tem que ir embora.
Bom, nessa conversa já dá para perceber que aquela idéia de conhecer o Moço da lavanderia não iria sair do meu pensamento.
Todo dia eu fazia o mesmo trajeto para ver se esbarrava com esse Moço, entretanto foi a tecnologia que nos uniu.
O que seria da minha vida sem as redes sociais? Procurando o que fazer na internet, comecei a fuçar algumas comunidades no Orkut, até que achando uma que me interessava, resolvi escrever para o proprietário.
Trocamos emails e combinamos de conversar pelo MSN. Ahhh essa tecnologia...
Quando ligamos a webcam, logo percebi que aquele rosto não me era estranho. Ele me perguntou o que eu fazia, disse que era professora e ele DONO DA LAVANDERIA!
Quase morri! Gritava, e olha que já passava da meia noite, MÃE, MÃE, É O MOÇO DA LAVANDERIA!
-Aonde menina? Tá ficando maluca?
-Na câmera mãe, ele quer sair comigo amanhã.
Presente de aniversário perfeito. Um dia antes de completar 25 anos ele me pediu em namoro.
Compareceu à festa, vestido de caipira e foi o par perfeito da minha Quadrilha.
Agora Lili já amava alguém.
Mas a história não acaba aqui. Muitas coincidências atravessaram nosso caminho, nos mostrando que era mesmo, um plano feito nos Céus.
Na minha primeira visita oficial a sua casa, reparei que havia um quadro muito familiar na parede da copa. Pedi para vê-lo mais de perto. O choque e a emoção foram únicos. O quadro na parede havia sido pintado por meu pai, Gentil, em 1992.
Os pais do Gui o compraram em Campos de Jordão num leilão de artes.
Com certeza nessa hora, os anjinhos lá no Céu estavam dando risadas. O cupido trabalhou engenhosamente dessa vez!
Antes de desembarcar no Recife, fiz uma pequena parada em Salvador, e como de costume uma Baiana me pegou pelo braço e disse:
-Fia, faz um pedido que teu Santo é forte.
É pra já Dona Baiana. Não tive dúvidas, pedi que meus alunos maravilhosos me esperassem voltar dessa aventura na Costa, que minha mala, perdida pela Air France aparecesse e por último, mas não menos importante: Pedi um Marido. (bem do jeito do meu tio Eduardo)
Dito e feito e com Santo forte, no dia em que conheci o Guilherme, minha fitinha do Senhor do Bonfim caiu.
Obrigada Meu Pai! Agora sim, um Marido com M maiúsculo!
Desde então vivo ao lado desse homem, que me faz infinitamente feliz, e me ensina todos os dias a ser uma pessoa melhor.
Hoje estamos contando as horas para poder, finalmente, sermos felizes para sempre.
Com amor,
Ana Elisa

 
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